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2.1.13

O Apelo de um Hamster


E aí, pessoal! Como passaram a virada de ano? A minha foi boa, graças a Deus. Resolvi "resgatar" novamente mais uma de nossas postagens... dessa vez foram duas. Só para começar o ano com uma trágica história que toquem o coração de vocês e não façam isso com qualquer animalzinho... Acho que a maioria aqui já leu "O Apelo de um Hamster", mas se não, aqui está:

"Esta gaiola está tão suja, o jornal embolado, fedor de urina e fezes espalhadas, eu sei,mas não posso limpar. Isso é função do meu dono, mas ele não tem feito nada. Ele já não se importa mais comigo, acho que está enjoado de mim, sei q isso acontece: primeiro sou uma novidade, depois cansam. Humanos! O que me resta é viver como posso aqui dentro, e confesso que até já me acostumei. Passo os dias zanzando de um lado para o outro. Não há muita coisa para fazer em um espaço tão pequeno. De vez em quando afio meus dentes num canto da gaiola, para q não cresçam demais e perfurem meu céu da boca, me dilacerando o cérebro. Se eu comesse mais, não precisaria fazer isso, mas o problema é q até de me alimentar ele esqueceu. Lembro dos dias em que meu pote estava cheio de comida, sements de girassol, maçãs, todo tipo de frutas sempre, e era bom. Eu sentia aquele cheiro e corria ao pote. Ele ria enquanto eu enchia as bolsas de minhas bochechas com aquela fartura. Agora nem água eu tenho mais..
Ah, eu me lembro quando ele trouxe amigos para me ver, e brincaram comigo. Um deles me apertou demais e eu mordi, e então me colocaram de volta na gaiola. Mesmo assim continuei a ganhar comida e água, como sempre. Mas um dia o dono sumiu, será que foi por que eu mordi seu amigo? Mas só fiz isso por que ele me apertou e doeu, tive que avisá-lo q não me sentia confortável nas mãos dele e essa foi a única maneira de fazê-lo me soltar. Nunca mais senti o cheiro do meu dono. Desde então fico aki no meio destes jornais sujos e dos potes vazios, esperando. Já pensei em dar uma volta na minha rodinha,como sempre fazia, mas não tenho forças. Hoje decidi que não vou mais andar pela gaiola, nem afiar dentes, nada. Ficarei quietinho aqui no meio da gaiola, esperando. Mas ele não volta, a porta do quarto não se abre, as janelas continuam fechadas. Um dia ele aparece. Respiro fundo, me deito e espero."

(segunda parte por Gabriely Lemes)

"... Fiquei aqui por muito tempo deitado, esperando. Muitos dias se passaram, mas meu dono não voltou. Minhas esperanças estão se acabando. Meu estômago reclama, mas o que posso fazer? Não tenho nada para ele! Antes eu podia passar muitos dias com o estoque de de comida nas minhas bochechas, mas agora, nem isso eu tenho mais. Não consigo mais afiar meus dentes, já posso senti-los tocando no céu da minha boca. Sem comida ou água, e sem a presença de meu dono que antes me dava tanto carinho e atenção, vejo que já não posso mais continuar. Estou tão fraco, nem consigo sustentar me corpo á ficar de pé. É isso, seria esse o meu fim? Eu que antes era tão amado e querido, hoje apodreço em uma gaiola suja e escura, onde aquele amor que me davam, já não existe mais."

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